O ácido benzóico é um composto aromático, de fórmula química C7H6O2, pertencente ao grupo dos ácidos carboxílicos,
descoberto em meados do século XVI. Trata-se do mais simples dos ácidos
carboxílicos (uma carboxila, COOH ligada a um anel benzênico),
praticamente insolúvel em água, mas solúvel em solventes orgânicos menos
polares, como éteres, álcoois e benzeno. O nome oficial do ácido benzoico é ácido-benzeno-monocarboxílico.
A obtenção do ácido benzoico para fins comerciais se dá pela oxidação parcial do tolueno com oxigênio, usado naftalenatos de manganês ou cobalto como catalisadores ou pela oxidação do tolueno com solução
aquosa saturada de permanganato de potássio. Outra forma de obtê-lo é a
partir da reação do benzeno com cloreto de metanoíla, catalisado pelo
cloreto de cobre I ou cloreto de alumínio, produzindo inicialmente o
benzaldeído, posteriormente oxidado, dando origem, enfim, ao ácido
benzoico. Também pode ser produzido por hidrólise da nitrobenzila ou da
benzamida , ou por carbonação do bromobenzeno.
Pela sua propriedade antimicrobiana, o ácido benzoico é muito
utilizado pela indústria alimentícia para conservação de alimentos e
pela indústria farmacêutica na produção
de cosméticos e medicamentos, principalmente de antifúngicos. Há outros
processos em que esse ácido é aplicado como a síntese de corantes,
produção de resinas alquílicas, produtos plastificantes, componente de
cremes dentais, etc.
Do ácido benzoico derivam-se importantes sais como, por exemplo, o benzoato de sódio (C7H5NaO2),
muito utilizado na conservação de alimentos e na composição de
antitérmicos; a benzamida (C7H7ON), usada na fabricação de medicamentos;
o benzoato demetila (C8H8O2), aplicado à produção de perfumes e também de pesticidas; o cloreto de benzoíla (C7H5OCl), líquido incolor empregado em várias sínteses orgânicas.
Na natureza, o ácido benzoico é normalmente encontrado em
ameixas e em frutas de bagas (morango, amora, framboesa, groselha), em
bálsamos e resinas e principalmente, na casca de árvores do gênero Styrax, como o benjoeiro, daí o nome ácido benzoico.
O metabolismo normal do ácido benzoico proveniente da ingestão de
alimentos, bebidas conservadas e medicamentos dá origem ao ácido
hipúrico, metabólito posteriormente eliminado do corpo através da urina.
A quantidade de ácido hipúrico na urina é considerada como um índice de
exposição ao tolueno, substância tóxica ao organismo, absorvida por
vias respiratórias. Indivíduos que trabalham em indústrias que fazem uso
dessa substância, devem sempre fazer a dosagem de ácido hipúrico. O
tolueno, devido à sua toxidade, causa sérios danos principalmente no
sistema nervoso central, rins, fígado e aparelho respiratório. O próprio
ácido benzoico também pode ser prejudicial quando combinado com a
vitamina C, uma vez que essa reação produz benzeno, substância
cancerígena.
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