O Ano dos Seis Imperadores marcou a ocupação do posto de Imperador Romano por seis indivíduos no curto período de um ano.
O ano 238 foi muito movimentado e marcado por uma intensa alternância de indivíduos como imperadores de Roma. A grande disputa política
que havia no Império Romano chegou a um nível muito elevado nessa
ocasião, acarretando em grande instabilidade por causa de tanta troca no
comando de uma civilização. No início do referido ano, quem ocupava a
posição de liderança em Roma era Maximino Trácio, o qual estava no poder desde 235. Mesmo com pouco tempo de governo, já era um líder
mal visto e não agradável. Considerado tirano e cruel, uma revolta se
organizou contra seu governo no Norte da África, no mês de janeiro de
238. Os revoltosos assassinaram o coletor de impostos imperial e se
movimentaram insistindo para que Gordiano, que era governador regional, se proclamasse imperador.
Gordiano já era um homem velho e sabia que não tinha muito mais a
oferecer ao povo. Concordou relutante, mas decidiu que seu filho
governaria junto com ele e com poderes iguais. Assim, o senado romano
reconheceu Gordiano I e Gordiano II como imperadores. O velho homem de 80 anos que assumiu o Império Romano sabia que não teria muito tempo de governo, mas não imaginava que seria tão pouco tempo. Com apenas 20 dias de governo, os imperadores enfrentaram a fúria de Capeliano,
governador da província da Numídia e que guardava rancor dos Gordianos,
o qual liderou seu exército em Cartago e derrotou as forças dos
imperadores decisivamente. Na verdade, quem morreu primeiro foi o
imperador filho. Sabendo da notícia, o imperador pai, Gordiano I, se
enforcou.
Enquanto isso, o antigo imperador Maximino que passou a ser um
inimigo público liderou um novo exército até Roma. Com a morte dos
Gordianos, o senado elegeu dois novos imperadores, Pupieno e Balbino.
Os novos líderes também eram idosos e não agradavam o povo, que atirou
paus e pedras contra os mesmos. O clima de instabilidade e de
insatisfação levou a nomeação de Marco Antonio Gordiano Pio
como imperador. O novo líder, que era neto de Gordiano I, foi nomeado
apenas para apaziguar a população da capital que se mostrava
insatisfeita.
Para segurar o avanço de Maximino, Pupieno liderou um exército para
enfrentar o antigo imperador e Balbino ficou em Roma para novas
decisões. A investida de Maximino, contudo, enfrentou várias
dificuldades e o colocou em descrédito com seu exército. Maximino e seu
filho foram assassinados por seus soldados e suas cabeças foram levadas
para Roma. Desta forma, os soldados ganharam o perdão do senado e
voltaram para seus antigos postos.
Em Roma, Balbino não havia conseguido controlar a situação e a
população ainda estava descontente quando retornou Pupieno. A situação
foi aliviada com os imperadores todos presentes, mas a dificuldade
permaneceu. Daí em diante a relação dos governantes foi marcada por
boatos de que um planejava assassinar o outro, o que criou um ambiente
de grande instabilidade e desconfiança de ambos. A guarda petroriana deu
um fim na situação arrastando os imperadores nus pela cidade,
torturando-os e matando-os. Gordiano III herdou o império como líder único embora com sua idade, apenas 13 anos, os conselheiros tivessem a maior parte de seu poder.
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