A última grande tarefa do Governo Provisório foi a elaboração da
primeira constituição republicana. Para isso foi eleita, em 1890, uma Assembléia Constituinte, que passou a discutir um projeto constitucional elaborado em grande parte por Rui Barbosa. Após três meses de trabalho,
o projeto foi aprovado, com pequenas modificações, promulgando-se,
assim, a nova Constituição. Ela organizou a política e juridicamente o
País até 1930.
Inspirada no modelo dos EUA, a Constituição era basicamente:
* Republicana
* Federativa
* Presidencialista
* Liberal
* Federativa
* Presidencialista
* Liberal
O Brasil passava a ser uma República Federativa, composta por
20 estados. Como em todo o sistema verdadeiramente federalista, cada
estado possuía grande autonomia, tinha o direito de eleger seu
governador e sua Assembléia Legislativa, possuía sua própria
Constituição e organizava sua administração, seu sistema judiciário, seus serviços públicos, seu sistema escolar, suas forças policiais etc.
A nova Constituição estabelecia três poderes: Executivo, Legislativo e o Judiciário:
O Poder Executivo
era exercido pelo presidente da república. Este e o vice-presidente
eram eleitos por voto popular direto, para um mandato de quatro anos. O
eleitor votava separadamente para presidente e vice, sendo que o
primeiro não poderia ser reeleito para o mandato posterior. A escolha
dos ministros cabia ao presidente. O regime era presidencialista.
O Poder Legislativo
era exercido pelo Congresso Nacional, era constituído da Câmara dos
Deputados e pelo Senado Federal, ambos eleitos pelo povo. Elegiam-se
três senadores para cada estado, e o mandato durava nove anos. Elegia-se
ainda um deputado para cada 70 mil habitantes, com um mandato de três
anos de duração.
O Poder Judiciário, formado pelos Juizes Federais, tinha como órgão superior o Supremo Tribunal Federal.
A constituição garantia aos cidadãos os direitos e as
liberdades individuais, no entanto o voto era apenas para os homens
maiores de 21 anos, o que reduziu o eleitorado a 5 % da população. O
liberalismo estava reservado para o desfrute de uma minúscula elite. O
voto era descoberto, ou seja, não-secreto, o que permitia, a realização
da fraude eleitoral. No plano teórico, a Constituição de 1891 era
equilibrada e liberal, porém na pratica funcionou mediocremente, pois
garantiu as oligarquias rurais o controle sobre a máquina administrativa
e sobre o sistema político e econômico do Brasil.
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