A progeria, também denominada síndrome de Hutchinson-Gilford, é uma doença da infância
extremamente rara, na qual o paciente sofre um envelhecimento
exacerbadamente acelerado, em torno de sete vezes em relação à taxa
normal.
Acredita-se seja uma doença autossômica recessiva ou dominante. Nessa
última hipótese, a progeria pode resultar de uma mutação genética nos
gametas de um dos pais.
A etiologia não foi ainda completamente esclarecida. No geral,
os casos são esporádicos. Pesquisadores franceses e norte-americanos
encontraram uma mutação no gene LMNA responsável
por codificar a proteína lamina A capaz de controlar a estrutura do
núcleo, tornando-o instável. No núcleo de portadores de progeria foram
observadas alterações que geram a instabilidade e morte celular precoce,
impossibilitando a regeneração tecidual. Em apenas 88% dos casos dessa
afecção é que foi observada essa mutação genética.
Existe também a possibilidade de ocorrência da perda gradativa e
acelerada das extremidades dos telômeros, responsáveis por controlar o
número de divisões das células.
Dentre as principais características clínicas e radiológicas apresentadas pelos portadores dessa síndrome estão:
- Artrose;
- Reduzida estatura ou nanismo;
- Baixa imunidade;
- Pele delgada, ressecada e enrugada;
- Calvície precoce;
- Presença de cabelos brancos na infância;
- Olhos proeminentes;
- Crânio maior do que o normal;
- Veias cranianas salientes;
- Ausência de sobrancelhas e cílios;
- Nariz grande e pontudo;
- Problemas cardíacos;
- Peito estreito;
- Extremidades finas e esqueléticas;
- Erupção tardia dos dentes;
- Clavícula ausente ou anormal;
- Hipoplasia terminal dos dedos;
- Luxação do quadril;
- Lábios finos;
- Osteoporose;
- Manchas na pele similares às da velhice.
O paciente evolui para o óbito com aproximadamente 15 anos de idade.
O diagnóstico é essencialmente clínico, sendo realizado nas crianças que apresentam as manifestações clínicas da doença entre o primeiro e o segundo ano de vida. Não existe um exame que comprove o diagnóstico de progeria.
O diagnóstico é essencialmente clínico, sendo realizado nas crianças que apresentam as manifestações clínicas da doença entre o primeiro e o segundo ano de vida. Não existe um exame que comprove o diagnóstico de progeria.
Contudo, existem alguns sinais que indicam a presença dessa doença,
como, por exemplo, a liberação exacerbada de ácido úrico na urina,
determinados sinais radiológicos (osteoporose e escoliose) e
histopatológicos.
Até o momento, não existe cura para a progeria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário