Enquanto os super heróis dos filmes, os mocinhos e até mesmo os bandidos ganham a fama, ficam conhecidos e são elogiados, os dublês recebem como recompensa o anonimato, o reconhecimento dos colegas de trabalho e os comentários que devem surgir: “Nossa, como você é parecido com o fulano!”
A palavra dublê, vem do inglês double body, ou corpo duplo.
Pelo fato de a profissão não ser, ainda, regulamentada, não é exigido
muita coisa para que alguém seja selecionado como dublê. Muitas vezes, o
que conta é apenas a aparência.
Longe de isso ser um discurso com o intuito de provocar dó, antes é
um elogio a estes profissionais que arriscam suas vidas a cada cena
interpretada, não só com o objetivo de preservar os artistas, mas com o
intuito de fazer o seu trabalho, pois enquanto uns cantam, outros
representam, estes são dublês. Sua arte é a de imitar outros, de simular
expressões, situações. Além disso, alguém que tem a pretensão de seguir
uma carreira artística ou na área de TV, cinema, como ator, diretor de cinema, etc, pode começar como dublê e a partir daí criar oportunidades para ingressar na carreira que pretende. Falaremos um pouco mais sobre dois tipos de dublê: o dublê de corpo e o dublê de ação.
Para ser dublê de corpo, é necessário ter muita
disposição e pouco apego com a sua aparência. A qualquer momento pode
ser solicitado que o dublê mude a aparência, engorde ou emagreça um
pouco, mude o cabelo, enfim, faça adaptações para que a semelhança com o
ator seja maior.
Já os dublês de ação sofrem um pouco mais.
Eles entram em cena quando há algum risco para o ator ou atriz, ou seja,
são eles que fazem o “trabalho duro”. Neste caso, obviamente, é
necessário que a pessoa tenha algum preparo físico, pois não é qualquer
pessoa que consegue interpretar uma queda da escada, um atropelamento,
um salto em um rio ou algo parecido sem sofrer nenhum dano físico. Claro
que em alguns casos o dublê sofre uns arranhões, mas há quem diga que
vale o risco, tanto pelo desafio, quanto pela oportunidade de entrar no meio artístico.
Na maioria dos casos, quando a cena é muito perigosa, existem
equipamentos de segurança para os joelhos, cotovelos, etc. Por outro
lado, há profissionais que reclamam do retorno financeiro, que não é bom segundo eles, mas persistem na profissão por considerarem que estão abrindo portas.
Assim como todos os outros profissionais, os dublês sentem medo,
insegurança e desconforto em muitas ocasiões, a diferença é que eles não
podem chamar o dublê para substituí-los. Não fazem nada, porém, sem
antes passarem por treinamentos que os ajudarão a desenvolver técnicas
para não se machucarem nas cenas perigosas que precisam interpretar.
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