O fluido cósmico universal é a substância básica
primordial que, através de várias mutações e conversões, está presente
nos múltiplos elementos que constituem a Natureza. Ele não revela um
peso apreciável e, segundo a Doutrina Espírita, atua como mediador entre
o Espírito e a matéria, e possibilita a aderência dos corpúsculos
materiais, além de se expressar em várias configurações avaliadas
cientificamente como esferas eletro magnéticas e como fluido vital.
Fica mais fácil compreender este fluido se ele for comparado ao éter
(um elemento químico hipotético, não a função orgânica), ao campo magnético,
ao espaço e à energia, embora se deva levar em conta a relatividade
destes conceitos, que podem ser aplicados de forma restrita, apenas em
situações específicas ou em certos corpos teóricos. Sem falar no caráter
provisório destes princípios, os quais se transformam velozmente
conforme novas descobertas são realizadas.
Este elemento, que compõe todo o Universo, adota duas condições diferentes: o estado de éter, substância hipotética presente nas regiões superiores da atmosfera;
neste estágio ele não é invariável, pelo contrário, assume maiores
transformações que na própria forma da matéria concreta, estruturando
distintos fluidos que adotarão funções específicas na invisibilidade; e a
etapa material, detentora de peso verificável, inerente à esfera que
podemos ver e tocar.
Desde o contexto em que Kardec
viveu até os dias atuais a expressão ‘fluido’ passou por várias
modificações. Hoje, no âmbito científico, ela está vinculada somente a
elementos de natureza material, como substâncias gasosas e líquidas. No
contexto espiritual, porém, ela continua ativa, pois os estudiosos desta
área consideram que nenhuma outra palavra poderia melhor traduzir os
conceitos de campo magnético, energia, espaço e fluido vital, e
simultaneamente representar o ingrediente fundamental que compõe a
matéria e a antimatéria.
Nenhum destes pesquisadores acredita que o termo está defasado apenas
por ter sido utilizado no século XIX; muitos deles crêem que os
Espíritos que orientaram Kardec podem ter escolhido propositalmente um
conceito mais avançado, similar aos empregados pela Ciência mais
recente. Daí o nome ‘fluido cósmico universal’ ainda ser perfeitamente
coerente nos dias de hoje. Aliás, alguns estudos revelam que o fluido
cósmico abriga corpúsculos ligados às partículas essenciais, as quais
ainda são desconhecidas da Ciência.
O próprio Paulo de Tarso, nos Atos dos Apóstolos (17:28) ratifica que
tudo e todos se movem e existem em Deus – o que, traduzindo, significa
claramente que o fluido cósmico, às vezes também denominado plasma
divino, é a energia na qual a Criação se encontra mergulhada, ou seja,
ele está presente em tudo que vive.
A Ciência está sempre realizando descobertas que parecem confirmar a
existência deste fluido. Na década de 50, Dr. Paul Nogier, do Gemer
Institute da França, detectou a presença de uma energia denominada
reticular; este elemento lança-se em trajetória reta, de lado a lado dos
pólos norte ou sul de um imã, depois de atravessar determinados
depuradores. Esta energia age sobre o metabolismo das células, e sua
revelação representa mais um avanço das pesquisas científicas sobre o
potencial energético do fluido cósmico.
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