Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo nasceu
em Recife, a 19 de agosto de 1849 e faleceu em Washington a 17 de
janeiro de 1910. Foi um escritor e diplomata, filho do senador José
Tomás Nabuco de Araújo e de Ana Benigna Barreto Nabuco de Araújo.
Estudou humanidades no colégio Pedro II, tornando-se mais tarde bacharel em letras. No ano de 1865, segue para São Paulo, onde faz os primeiros três anos de Direito, formando-se em 1870 no Recife.
Logo o jovem
Nabuco entrará para o serviço diplomático, como adido de primeira
classe em Londres, e pouco depois em Washington, de 1876 a 1879. Pouco
depois acabaria por ser atraído para o campo político, sendo eleito por
sua província, a de Pernambuco, requerendo assim sua residência na então
capital federal, a cidade do Rio de Janeiro. É neste período em que o
público é apresentado ao Nabuco militante da campanha pela abolição da
escravatura, bandeira que logo cresceria em proporções boa parte pelos
seus méritos. Durante sua viagem pela Europa entre 1881 e 1884, é
publicada em Londres, em 1883, “O Abolicionismo”, sua obra principal. Em
regresso ao país, é novamente eleito deputado por Pernambuco, assumindo
a linha de frente da campanha abolicionista, que mais tarde alcançaria o
tão desejado êxito. Apesar da proclamação da República, em 1889, Nabuco
reafirma sua fidelidade ao regime monárquico, apesar da divergência na
questão escravista. Como consequencia de tais convicções, abandonará a
vida pública para se dedicar somente aos estudos e às suas obras.
Em tal fase de espontâneo afastamento, Joaquim Nabuco passa a residir
permanentemente no Rio de Janeiro, exercendo a advocacia e o
jornalismo. É neste momento que estreita amizade com eminentes figuras
das letras brasileiras, como por exemplo Machado de Assis, José
Veríssimo e Lúcio de Mendonça. Tais contatos iriam inspirar mais tarde a
criação da Academia Brasileira de Letras em 1897.
Em 1900 o então presidente Campos Salles convence-o a aceitar o posto
de enviado extraordinário e ministro plenipotenciário em missão
especial em Londres, na questão de limites territoriais com o Reino
Unido, território hoje localizado entre o estado brasileiro de Roraima e
a nação soberana da Guiana. Em 1906 voltaria ao Rio para presidir a III
Conferência Pan-Americana.
Homem de grande prestígio intelectual, era alvo de reiterados
elogios dos homens mais importantes dos EUA, além das distinções
atribuídas pelas universidades
norte-americanas por onde passava, realizando palestras sobre a cultura
brasileira. Morre em Washington, recebendo distinto funeral. Seu corpo
será trasladado para o Rio, e depois, finalmente para o Recife.
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