O autor britânico John Milton, um dos mais importantes adeptos do classicismo inglês, nasceu no dia 9 de dezembro de 1608, na cidade
londrina. Responsável pela criação de um dos clássicos da literatura, o
poema épico O Paraíso Perdido, ele também incursionou por questões
políticas, elaborou obras dramatúrgicas e se dedicou a pesquisas sobre
temas religiosos.
A
educação de Milton teve início na St Paul’s School, em sua terra natal;
nesta escola ele permaneceu de 1620 a 1625. Logo depois ele ingressou
no Christ’s College de Cambridge, onde estendeu sua formação por sete
anos, concluindo-a com o título de mestre em Artes, no dia 3 de julho de
1632. A princípio ele seguiria sua vocação religiosa, mas sua
disposição para a liberdade de pensamento o levou a desistir deste
caminho.
Depois de concluir os estudos, o poeta realiza uma jornada
pela França e Itália, onde trava amizade com Galileu Galilei. Ao
completar 33 anos, em 1643, ele contrai matrimônio
com Mary Powell, jovem que tinha apenas 16 anos. O casamento é desfeito
depois de um mês. Milton engaja-se então na defesa da criação de uma
lei que permita o divórcio. Dois anos depois sua esposa retorna.
Eles têm quatro filhos: Anne, Mary, John, e Deborah, a caçula; depois
deste último parto Mary não resiste e morre, deixando John
inconsolável. Em 1656 o poeta se casa novamente, desta vez com Katherine
Woodcock, que também deixa a vida em 1658, poucos meses depois do
nascimento de sua filha Katherine, que também morre no mesmo ano. Ele se
casa pela última vez com Elizabeth Minshull, em 1663, a qual permanece
ao seu lado até a morte do poeta.
O cultivo da leitura de autores como Dante, Petrarca, Tasso, entre outros, foi fundamental para sua evolução literária. A estes conhecimentos
ele somou pesquisas sobre matemática, música e criação poética. Em 1644
ele, que já se dedicava à esfera do ensino, publicou um tratado sobre
Educação, destacando a urgência de se realizar uma mudança nas
universidades inglesas.
Neste mesmo ano ele editou um de seus textos mais conhecidos, o
Areopagitica, uma conclamação à liberdade de imprensa, sem preocupações
com direitos autorais. Depois da morte do pai, em 1646, ele deixa de
lecionar, pois sua situação financeira se torna melhor.Em 1649, com
problemas sérios na visão, que lhe provocaria a cegueira total três anos
depois, ele se devota à causa do político Oliver Cromwell, defensor
ardoroso do puritanismo britânico.
Após a criação de vários discursos controvertidos, Milton é preso e,
neste período, fica completamente cego. Em sua cela ele dita seu
clássico literário, o Paraíso Perdido, o qual narra a decadência de
Lúcifer, lançado em 1667. Quatro anos depois vem à luz Paraíso
Recuperado, continuação do poema anterior; este volume enfoca a chegada
de Jesus ao Planeta, com o objetivo de resgatar o tesouro perdido por
Adão.
Desprovido de seus bens e arruinado, Milton comercializa os direitos
autorais de Paraíso Perdido no dia 27 de abril de 1667. Esta obra
monumental é editada em dez tomos; uma segunda edição seria organizada
em 12 volumes, para que seguisse o padrão da Eneida, de Virgílio. Milton
morre em sua terra natal, no dia 8 de novembro de 1674.
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