quinta-feira, 6 de outubro de 2011

John Milton

O autor britânico John Milton, um dos mais importantes adeptos do classicismo inglês, nasceu no dia 9 de dezembro de 1608, na cidade londrina. Responsável pela criação de um dos clássicos da literatura, o poema épico O Paraíso Perdido, ele também incursionou por questões políticas, elaborou obras dramatúrgicas e se dedicou a pesquisas sobre temas religiosos.
A educação de Milton teve início na St Paul’s School, em sua terra natal; nesta escola ele permaneceu de 1620 a 1625. Logo depois ele ingressou no Christ’s College de Cambridge, onde estendeu sua formação por sete anos, concluindo-a com o título de mestre em Artes, no dia 3 de julho de 1632. A princípio ele seguiria sua vocação religiosa, mas sua disposição para a liberdade de pensamento o levou a desistir deste caminho.
Depois de concluir os estudos, o poeta realiza uma jornada pela França e Itália, onde trava amizade com Galileu Galilei. Ao completar 33 anos, em 1643, ele contrai matrimônio com Mary Powell, jovem que tinha apenas 16 anos. O casamento é desfeito depois de um mês. Milton engaja-se então na defesa da criação de uma lei que permita o divórcio. Dois anos depois sua esposa retorna.
Eles têm quatro filhos: Anne, Mary, John, e Deborah, a caçula; depois deste último parto Mary não resiste e morre, deixando John inconsolável. Em 1656 o poeta se casa novamente, desta vez com Katherine Woodcock, que também deixa a vida em 1658, poucos meses depois do nascimento de sua filha Katherine, que também morre no mesmo ano. Ele se casa pela última vez com Elizabeth Minshull, em 1663, a qual permanece ao seu lado até a morte do poeta.
O cultivo da leitura de autores como Dante, Petrarca, Tasso, entre outros, foi fundamental para sua evolução literária. A estes conhecimentos ele somou pesquisas sobre matemática, música e criação poética. Em 1644 ele, que já se dedicava à esfera do ensino, publicou um tratado sobre Educação, destacando a urgência de se realizar uma mudança nas universidades inglesas.
Neste mesmo ano ele editou um de seus textos mais conhecidos, o Areopagitica, uma conclamação à liberdade de imprensa, sem preocupações com direitos autorais. Depois da morte do pai, em 1646, ele deixa de lecionar, pois sua situação financeira se torna melhor.Em 1649, com problemas sérios na visão, que lhe provocaria a cegueira total três anos depois, ele se devota à causa do político Oliver Cromwell, defensor ardoroso do puritanismo britânico.
Após a criação de vários discursos controvertidos, Milton é preso e, neste período, fica completamente cego. Em sua cela ele dita seu clássico literário, o Paraíso Perdido, o qual narra a decadência de Lúcifer, lançado em 1667. Quatro anos depois vem à luz Paraíso Recuperado, continuação do poema anterior; este volume enfoca a chegada de Jesus ao Planeta, com o objetivo de resgatar o tesouro perdido por Adão.
Desprovido de seus bens e arruinado, Milton comercializa os direitos autorais de Paraíso Perdido no dia 27 de abril de 1667. Esta obra monumental é editada em dez tomos; uma segunda edição seria organizada em 12 volumes, para que seguisse o padrão da Eneida, de Virgílio. Milton morre em sua terra natal, no dia 8 de novembro de 1674.

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