sábado, 1 de outubro de 2011

Metologia Grega

Thor

Thor  (filho de Odin  e Frigga) foi o deus nórdico do trovão (por isto representava a força da natureza), talvez o mais popular deus da mitologia nórdica. Ele tinha um martelo chamado Mjolnir (o destruidor), feito por anões das cavernas subterrâneas, com o qual dominava o trovão. Cada vez que Thor lançava seu martelo, a fim de desferir seu poderoso golpe, este voltava pra sua mão como um bumerangue. Além disso, Thor também tinha um cinturão mágico (Megingiord) que duplicava sua força e que, sabidamente, era muito grande. Thor era corpulento, tinha cabelos e barba ruivos, olhos vermelhos e, embora a inteligência não fosse um de seus maiores dons, estava sempre disposto a ajudar seus amigos desinteressadamente. Sua missão era manter a salvo, e em ordem, o mundo dos deuses e dos humanos, combatendo os gigantes e a grande serpente do caos: Jörmungand.
Desde pequeno Thor destacou-se por seu grande tamanho e força (era o mais forte entre os homens e desuses), por isso sua mãe, incapaz de controlá-lo, o enviava pra longe de sua casa, e confiava seus cuidados a Vingnir (o alado) e a Hlora (calor). Estes pais adotivos, que também eram considerados a personificação dos relâmpagos difusos, rapidamente conseguiram controlá-lo e o criaram tão sabiamente que os deuses guardaram uma doce lembrança de seus amáveis serviços.
Thor viajava num carro que era puxado por dois carneiros mágicos chamados Tanngrisnir e Tanngnjóstr, cujos dentes e cascos soltavam grandes faíscas. Estes tinham a peculiaridade de que Thor podia cozinhá-los e, em seguida, caso precisasse continuar viagem, cobria os ossos com o couro dos animais e utilizava o poder regenerador do seu martelo para trazê-los novamente à vida.
Thor vivia em Asgard, no reino de Pruoheimr, termo que significa morada da força. Ali vivia com sua esposa Sif e seus filhos no palácio Bilskirnir, fato relatado no poema Grimnismál, que afirma ser tal palácio o maior de todos, possuía 540 quartos.

A lenda das Amazonas
Na Antiga Grécia, bem antes da vinda de Cristo a Terra, eram narradas histórias sobre mulheres que andavam a cavalo, manipulavam o arco e a flecha com rara habilidade e se recusavam a viver com os homens em seus territórios. Estas exímias guerreiras eram conhecidas como Amazonas, das quais nem os mais destemidos soldados poderiam fugir com vida.
Em 1540, o aventureiro hispânico Francisco Orellana, escrivão da armada espanhola, participou de uma jornada exploratória na América do Sul, atravessando, portanto, o extenso e misterioso rio que cruzava uma das mais temidas florestas. Segundo A Lenda das Amazonas, ele teria avistado, no pretenso reino das Pedras Verdes, mulheres semelhantes às acima descritas, conhecidas pelos indígenas como Icamiabas, expressão que tinha o sentido de ‘mulheres sem marido’.
Contam os índios que estas guerreiras teriam atacado a esquadra hispânica. Elas eram bem altas, brancas, cabelos compridos dispostos em tranças dobradas no topo da cabeça – descrição feita pelo Frei Gaspar de Carnival, também escrivão da frota.
O confronto entre os espanhóis e as Amazonas foi supostamente uma luta feroz, a qual teve como cenário a foz do rio Nhamundá – localizada na fronteira entre o Pará e o Amazonas. Os europeus foram surpreendidos pelo ataque de inúmeras e belas combatentes desnudas, conduzindo tão somente em suas mãos arcos e flechas. Eles foram assim prontamente derrotados pelas mulheres, pondo-se rapidamente em fuga.
No caminho os espanhóis encontraram um indígena, que lhes contou a história das guerreiras. Segundo o relato do nativo, havia pelo menos setenta tribos de Icamiabas só naquele território. Suas aldeias eram edificadas com pedras, conectadas aos povoados por caminhos que elas cercavam de ponta a ponta, cobrando uma espécie de pedágio dos que atravessavam estas estradas. Elas eram lideradas por uma cunhã virgem, sem contato com o sexo masculino.
Quando, porém, chegava o período de reprodução, as Amazonas capturavam índios de tribos por elas subjugadas. Ao engravidar, sinalizavam seus parceiros e, se nascia um curumim ou menino, elas entregavam a criança aos pais; do contrário, elas ficavam com as meninas e presenteavam o genitor com um talismã verde conhecido como Muiraquitã, similar ao sapo utilizado nos rituais lunares.
Ao ouvirem esta narrativa, os espanhóis, cientes da existência das Amazonas descritas pelos antigos gregos, confundem ambas e batizam o rio onde as encontraram, até então intitulado Mar Dulce, de Rio de Las Amazonas.
Certamente os espanhóis, ao se depararem com selvagens guerreiros de longos cabelos, acreditaram ter encontrado finalmente as tão famosas Amazonas. Deste pequeno equívoco nasceram e permaneceram os nomes do Rio, da Floresta e do maior Estado brasileiro, que abriga o idílico cenário desta miragem hispânica. Embora esta história tenha se desenrolado em terras brasileiras, estas lendas são mais disseminadas em outros países, talvez pela associação com narrativas que envolvem ícones adornados com ouro e prata, o que certamente despertava a cobiça dos europeus.


Garganta deul Diablo

A Garganta do Diabo é a queda d’água mais abundante a fluir das Cataratas do Iguaçu, complexo que conta com 275 declives aquáticos e uma altura que atinge os 70 metros, distribuídos em torno de 2,7 Km do Rio Iguaçu. Seu formato inicial é um ‘U’ ao contrário, com 150 metros de largura e 80 metros de altitude.
Estas cataratas estão situadas no âmago do Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná, região sul do Brasil; elas têm como limites o Parque Nacional Iguazú, localizado em Misiones, na Argentina. Há várias histórias lendárias e místicas sobre esta região. As principais remetem à tribo dos nativos caingangues e a grupos que acreditam na existência de uma avançada civilização espiritual nas profundezas da terra.
Os índios, que tinham como lar justamente as bordas do Rio Iguaçu, alimentavam a convicção profunda de que o Planeta era regido por uma divindade cruel, a qual tinha o formato de uma cobra e era filha de Tupã. Seu nome era Mboi; a este deus foi oferecida a filha do líder da tribo, Naipi, que detinha uma beleza além de qualquer imaginação. Até as águas do rio a invejavam.
Porém, certo guerreiro dos caingangues, de nome Tarobá, caiu de amores por ela e, no dia em que sua missão junto ao deus deveria ter início, em meio às festividades, durante as quais o pajé e os comandantes da tribo consumiam o tradicional cauim, líquido extraído do milho fermentado, e os nativos dançavam, os dois amantes se foram em uma embarcação ao longo do rio, impulsionados pela força das águas.
Quando a notícia se espalhou a divindade teve um ataque de cólera e mergulhou na essência da terra, revolvendo seu organismo e, assim, abrindo nos subterrâneos uma vasta cratera que resultou na imensa catarata. Tarobá e Naipi foram cercados pelas águas furiosas e desabaram neste abismo por toda a eternidade.
A jovem se converteu em uma das principais pedras que tecem as cataratas, sendo incessantemente atingida pela rebeldia aquática. O rapaz se transmutou em uma palmeira à beira do declive, sempre vergado sobre a Garganta do Diabo, assim denominada por ser a porta da gruta na qual o deus movido pela vingança permanece e guarda até hoje suas presas.
Místicos defendem que a crença nos mundos ocultos sob a terra povoa as lendas da maioria das tribos de nativos brasileiros. Um destes universos seria Agartha, dimensão para a qual várias portas se abririam em pontos diversos do Planeta; um destes portais estaria oculto justamente nas Cataratas, por eles denominada a Fonte da Neblina Criativa.
Eles acreditam que é de péssimo gosto o nome Garganta do Diabo, principalmente quando se trata do local que dá acesso não só a uma civilização avançada, mas também a outras esferas, distintas da que conhecemos e na qual habitamos. Esta porta para outros mundos é entretecida por cristais de grande porte, dos quais irradiam luzes de alta intensidade, vistas apenas por poucos turistas que se aventuram nesta região.

Odin

Se houvesse que dar valor ao mesmo tempo à força, à beleza e à originalidade nos nomes, o prêmio seria de Odin  (furor). É a grande divindade escandinava, origem do mundo, dos deuses e dos homens. De belíssima sonoridade (nas línguas latinas lembra ode, canto solene de louvor) suas origens se perdem nas brumas nórdicas do tempo. Dizem os que sabem, que procede da raiz od do verbo vada, e que encerra a ideia de “espírito do mundo em que tudo flutua, e que desencadeia com sua ação a vida universal”. É uma espécie de deus total. O ideal panteísta elevado a sua mais alta perfeição. Odin é o deus que organiza o mundo retirando-o do caos (feito o deus de Israel) e cria o primeiro homem e a primeira mulher (Ask e Embla) dotados da mesma alma de deus. É o deus da guerra, mas também da poesia, das ciências, das artes. Odin inunda tudo com seu espírito, governa tudo o que existe, até os outros deuses, que lhe devem obediência. Ele ajuda os heróis, lhes ensina a arte das armas, a sabedoria e a prudência. Ele os acompanha durante o combate e os protege de seus inimigos e, quando tais heróis chegam à velhice, Odin lhes concede a graça de não deixá-los morrer na cama, mas lutando. Protege a organização social, vinga o assassinato, vela pelo cumprimento dos juramentos e dos pactos, afugenta o ódio, os maus pensamentos e o tédio.
Odin é representado como um venerável ancião de farta barba branca, com somente um olho, coberto por um chapéu que representa o céu, e um manto que representa a atmosfera com a qual se veste. Odin é assistido por dois corvos que representam a reflexão e a memória que o mantêm informado de tudo que acontece no mundo. O anel de Odin simboliza a benção da terra e sua fecundidade para a felicidade dos homens, além de representar a fecundidade do espírito. A lança de Odin simboliza a força e o vigor, seu cavalo (sleipnir), como o pégaso grego, os ventos cardinais.
Odin vivia em Asgard, no palácio de Valaskjálf, local que construiu para governar desde seu trono (Hlidskjálf) e, assim, poder observar os nove mundos. Era filho de Bor e Bestla e irmão de Vili e Vê. Odin era casado com Frigg (simbolizava a terra cultivada), Jörd (simbolizava a terra desabitada) e Ring (simbolizava a terra gelada). Dentre seus muitos filhos podemos citar Thor e as Valquírias (encarregadas de recolher os guerreiros mortos durante as batalhas).

Rá - Dues do Sol

A mitologia egípcia  é composta por mistérios e segredos. Cada divindade contém seus significados e são relacionados a fenômenos da natureza. Dentro dessa mitologia, tem-se a ciência de   que é considerado a principal divindade da mitologia egípcia, conhecido como o deus sol, devido a importância da luz para a produção dos alimentos. Segundo a mitologia, Rá além de ser considerado o deus Sol, é também denominado como o criador dos deuses e da ordem divina, teria recebido de seu pai o domínio sobre a Terra, mas o mundo falta ser acabado, e o mesmo assim, se encarregou de acabá-lo.
Sua crença assemelha-se a criação do mundo para os cristãos, no entanto, contém algumas diferenças. Descreve-se que Rá se esforçou tanto terminar o trabalho da criação que chorou, e de suas lágrimas que foram banhando o solo fez surgir o homem e a mulher, sendo assim, tudo o que crescia sobre os campos lhes foi dado para que se alimentassem, Rá não deixava faltar-lhes o vento fresco, nem o calor do sol, as enchentes ou vazantes do Nilo. Com isso, surge a denominação de que os egípcios eram “o rebanho de Rá”.
A sede do culto do deus nacional do Egito, do maior de todos os deuses ficava em Heliópolis (mais antigo centro comercial do Baixo Egito). Mas, com o passar do tempo as crenças religiosas foram sofrendo modificações e/ou foram se adaptando, sendo introduzidas através de classes cultas. Os sacerdotes de Heliópolis atribuíram o culto de Rá (o sol, criador de todos os deuses, cuja barca sagrada navegava através do céu); os faraós de Tebas, querendo livrar-se da hegemonia do deus criado pelos sacerdotes, adotaram Amon como deus supremo. Daí surge uma combinação entre os dois deuses que ficou denominada como Amon-Rá, protetor dos faraós.
Tendo sido abalado o seu prestígio somente durante o domínio de Amenófis IV, que tentou substituí-lo pelo culto de Áton, o disco solar. Depois Amon-Rá recuperou sua posição de deus supremo. Cabe ressaltar que, Amenófis IV pretendia acabar com as práticas politeístas da religião egípcia, restringindo assim, o poder do faraó.
A junção de Amon-Rá traz o significado de culto ao sol (Amon = culto, e, Rá = sol). Dentre as crenças egípcias, o culto ao deus Sol se sobressaiu, pois teve durabilidade de vinte séculos como culto oficial durante a monarquia faraônica.
O deus Sol era entendido em quatro fases: a primeira ao nascer do sol, recebendo o nome de Khepri (ou Kopri); a segunda ao meio-dia, sendo contemplado como um pássaro ou um barco a navegar; a terceira ao pôr-do-sol, visto como um homem velho que descia à terra dos mortos; na quarta fase, durante a noite, era visto como um barco que navegava ao leste preparando-se para o dia seguinte, onde tinha de lutar ou fugir de Apep (de acordo com alguns teóricos, denominado também como Apópis), a grande serpente do mundo inferior que tentava devorá-lo.
Outras informações: a esposa de Rá era Nut, seus filhos eram Hathor, Osíris, Seth, Hórus e Maet.

Unicórnio
O Unicórnio, igualmente chamado de licórnio, é um ser mitológico, normalmente branco-puro quando é adulto, mas dourado em sua fase de potrinho, e prateado durante a adolescência, com um único chifre posicionado em sua cabeça como uma espiral. Ele vive geralmente nas florestas do norte da Europa, segundo as narrativas da mitologia.
Estas entidades fantásticas são doces, mansas, puras, facilmente seduzidas por mulheres virgens, mais aptas a tocá-las. São, por esse motivo, adotadas pela iconografia do Cristianismo como símbolos da Virgem Maria, quando esta religião assume o dogma da virgindade da mãe de Jesus.
Supostamente seu chifre, o sangue e o pelo têm poderes mágicos. Em um dos episódios de Harry Potter, de J. K. Rowlling, o sangue deste ser puro é consumido por Voldermort, o vilão da obra, para preservar sua vida, mas o ato de matar um ente tão inocente o converte em um morto-vivo.
Normalmente ele não convive com o Homem, mas se submete sem maiores problemas diante de uma mulher, especialmente se ela for virgem, chegando a se refugiar em seu colo, quando então pode ser facilmente capturado. Criptozoologistas – especialistas que investigam relatos da aparição de animais normalmente pertencentes ao universo das lendas e dos mitos – registram o aparecimento de unicórnios pelas várias regiões do Planeta, particularmente na Índia, sua terra natal.
A temática dos unicórnios está incessantemente presente na arte durante o período medieval e também na era renascentista. É difícil atribuir a estas criaturas um sentido definido e único. O nascimento deste mito é impreciso, nenhum estudioso alcançou ainda a dimensão de sua origem. Ele é encontrado nas bandeiras dos imperadores da China, na descrição biográfica de Confúcio; na esfera ocidental o unicórnio integra as compilações de seres fantásticos coletados na época de Alexandre, e também as bibliotecas e produções artísticas do Helenismo.
Em um livro grego intitulado Physiologus, pertencente ao século V d.C., esta criatura pura é associada explicitamente ao evento supostamente milagroso da Encarnação de Deus através do ventre imaculado de Maria. Já nesta época, portanto, ele era diretamente ligado à virgindade da mãe de Jesus.
Figurações leigas do unicórnio podem ser vistas em tapeçarias encontradas no Norte da Europa e em caixas fabricadas com madeira e ricamente adornadas – os cassoni -, que integravam o enxoval das noivas italianas nos séculos XV e XVI.
Esta imagem também é encontrada na heráldica – arte de descrever brasões de armas ou escudos -, por exemplo, no brasão d’armas do Canadá, da Escócia e do Reino Unido. Na Astronomia ele corresponde à constelação conhecida como Monoceros. O unicórnio também é constante frequentador das páginas da literatura fantástica, especialmente nos livros de Lewis Carroll, C.S. Lewis e Peter Beagle. Já estava presente, porém, na obra renascentista de Voltaire, A Princesa da Babilônia.
 

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