m março de 2011, foi iniciada uma coalizão contra o ditador da Líbia, Muammar Khadafi,
em meio a um cenário de guerra civil mantida pelos rebeldes locais e
intervenção militar da OTAN e um bloco de países liderados pelos EUA.
As investidas militares ajudaram os avanços territoriais dos grupos rebeldes,
num processo de enfraquecimento militar e política contra o ditador.
Após conquistar diversas cidades líbias, vilarejos ocupados pelos
rebeldes formaram um governo interino, com o auxílio do Conselho
Nacional Interino de Transição, com o objetivo de manter o acesso de
serviços básicos à população.
Inicialmente, o conselho não foi apresentado como um governo, mas uma
direção política para o país. O conselho mantido pelos rebeldes revelou
ser formado por 31 membros, dentre eles alguns aceitaram sair do
anonimato, sendo o conselho formado por homens, mulheres e jovens.
O presidente do grupo revelado pelos rebeldes, Mustafa Mohammed Abdul
Jalil, foi escolhido pela sua coragem de combater o regime. Advogado
nascido na cidade de Bayda, foi um dos primeiros a se levantar contra o
ditador. Antes de se tornar juiz, trabalhou como advogado, foi
presidente da Corte de Apelações, ministro da Justiça em 2007, e
presidente do tribunal de Bayda.
Como juiz, era conhecido como um magistrado que emitia decisões
contra o governo constantemente. Era elogiado pelos grupos de defesa dos
direitos humanos e pelo ocidente por se dedicar para reformar o Código
Penal líbio. Os EUA o considerava um homem de coragem.
Em janeiro de 2010, desafiou o ditador Khadafi publicamente em
discurso no Congresso Geral do Povo, na pretensão de pedir demissão
perante as dificuldades que o poder judicial enfrentava. Em seu
protesto, citou a prisão de 300 opositores do governo a despeitos de
veredictos que os absolviam, e não comunicação da libertação de presos
às suas famílias.
Desde 31 de março de 2011, Mustafa Abdel Jalil comandava 7.500
operações contra tropas de Khadafi, em agosto começou a sentir
dificuldades para manter as investidas por falta de novos alvos e
recursos militares. O sucesso dos rebeldes líbios justificou todo o apoio da OTAN e da ONU às ações contra o ditador.
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