segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Rebeldes da Líbia

m março de 2011, foi iniciada uma coalizão contra o ditador da Líbia, Muammar Khadafi, em meio a um cenário de guerra civil mantida pelos rebeldes locais e intervenção militar da OTAN e um bloco de países liderados pelos EUA.
As investidas militares ajudaram os avanços territoriais dos grupos rebeldes, num processo de enfraquecimento militar e política contra o ditador. Após conquistar diversas cidades líbias, vilarejos ocupados pelos rebeldes formaram um governo interino, com o auxílio do Conselho Nacional Interino de Transição, com o objetivo de manter o acesso de serviços básicos à população.
Inicialmente, o conselho não foi apresentado como um governo, mas uma direção política para o país. O conselho mantido pelos rebeldes revelou ser formado por 31 membros, dentre eles alguns aceitaram sair do anonimato, sendo o conselho formado por homens, mulheres e jovens.
O presidente do grupo revelado pelos rebeldes, Mustafa Mohammed Abdul Jalil, foi escolhido pela sua coragem de combater o regime. Advogado nascido na cidade de Bayda, foi um dos primeiros a se levantar contra o ditador. Antes de se tornar juiz, trabalhou como advogado, foi presidente da Corte de Apelações, ministro da Justiça em 2007, e presidente do tribunal de Bayda.
Como juiz, era conhecido como um magistrado que emitia decisões contra o governo constantemente. Era elogiado pelos grupos de defesa dos direitos humanos e pelo ocidente por se dedicar para reformar o Código Penal líbio. Os EUA o considerava um homem de coragem.
Em janeiro de 2010, desafiou o ditador Khadafi publicamente em discurso no Congresso Geral do Povo, na pretensão de pedir demissão perante as dificuldades que o poder judicial enfrentava. Em seu protesto, citou a prisão de 300 opositores do governo a despeitos de veredictos que os absolviam, e não comunicação da libertação de presos às suas famílias.
Desde 31 de março de 2011,  Mustafa Abdel Jalil comandava 7.500 operações contra tropas de Khadafi, em agosto começou a sentir dificuldades para manter as investidas por falta de novos alvos e recursos militares. O sucesso dos rebeldes líbios justificou todo o apoio da OTAN e da ONU às ações contra o ditador.

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