Talvez para quem não esteja familiarizado com as funções do sonoplasta,
se espantaria ao saber que o som de um comprimido efervescente
dissolvendo-se em um copo d’água era usado, até há um tempo, para
simular uma pessoa sendo atacada por formigas.
Essa é uma das técnicas de sonorização de programa,
ou seja, a realização de efeitos especiais e fundos sonoros. De acordo
com a etimologia da palavra, pode-se afirmar que esse profissional é um
artista plástico do som, e o campo para exercer o seu ofício são as
emissoras de rádio, de TV aberta ou fechada, produtoras e em outros
lugares nos quais seja necessária a presença de tal profissional como
apoio à produção ou direção de programas no variado mundo do espetáculo.
Quando vemos um filme sabemos que o momento culminante está chegando,
pela música que o sonoplasta inseriu à cena, que a cena de amor se
prenuncia pela melodia mais doce e suave. Esse profissional trabalha
tanto na edição de programas televisivos, de cinema e no rádio, porém
seu trabalho ao vivo torna essa relação com os sons mais delicada, uma
vez que os efeitos nesse caso têm que ser o mais preciso possível, pois
não há retorno nesse caso, nem conserto se houver falhas, portanto no
caso de trilha sonora, essa tem que ser escolhida
atentamente para que som e situação formem um par perfeito. Todos têm a
oportunidade de avaliar o quê, por exemplo, refletem as músicas
incidentais que proporcionam o crescer do clima da trama e levam o
espectador a aliviar-se, a ficar tenso, ou feliz, ou brabo, sempre de
acordo com os roteiros da cena que se está vendo.
Nesse mundo de simulações das situações as mais diversas,
anteriormente, os sonoplastas tinham que criar de alguma forma o som que
se assemelhasse às necessidades das cenas dos programas. Assim, pentes,
folhas de papel celofane, areia, caixas de diversos materiais e
modelos, folhas de flandres, cascas de coco, e outros que a imaginação
do profissional recrutava, eram os recursos utilizados para extrair os
mais variados sons, de acordo com o objetivo pretendido.
Atualmente, essa tarefa tornou-se simplificada, pois há bancos de
sons com até 50.000 armazenados e nesse caso, com acesso pago. Há
sonoplastas que possuem e elaboram seu próprio banco de dados, seja
coletando sons em campo ou reaproveitando os já utilizados. Em alguns
meios os sonoplastas fazem as vezes de DJ ou de operador de áudio, porém
não são essas as suas reais funções.
Nenhum comentário:
Postar um comentário