quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Théophile Gautier

Por Felipe Araújo
O nome completo do poeta francês era Pierre Jules Théophile Gautier. Nascido em 30 de agosto de 1811, Théophile Gautier também se dedicava a outras atividades fora a poesia. Também era dramaturgo, novelista, jornalista, crítico literário e crítico de arte. Apesar de seu trabalho ter difícil identificação e classificação, Gautier era uma dos mais possessos defensores do romantismo. Sua obra tornou-se referência para outros movimentos literários posteriores como o Parnasianismo, o Simbolismo e o Modernismo. Sua importância pode ser medida pela estima que outros artistas, alguns deles até seus amigos, demonstraram pelo seu trabalho. Entre os entusiastas de Gautier, destacam-se nomes como Oscar Wilde, Proust, Flaubert, os Goucourt Brothers, Baudelaire e Balzac.
Artista prolífico, sua produção inclui diversas peças de teatro, contos, ensaios sobre arte e literatura e obras sobre história da arte. Em conjunto com Vernoy de Saint-Georges, Gautier criou o roteiro do famoso balé Giselle. Passou a maior parte da sua vida em Paris e recebeu educação no Colégio Charlemagne, onde iniciou seus estudos de pintura, optando posteriormente pela literatura. Um nome importante para a vida do artista foi Gérard de Nerval, que o ajudou a surgir para a cena literária francesa em 1830, após defender uma peça de teatro de Victor Hugo, que acabou tornando-se uma obra respeitada. No mesmo ano lança Poésies Tempranas, seguida de sua primeira grande poesia romântica, “Albertus”, lançada em 1832.
Após este período, acabou por se afastar do romantismo a até mesmo chegou a ridicularizar este movimento com a obra Les Jeunes-France, de 1833. Após dois anos, Gautier publica sua obra mais conhecida como novelista, “Mademoiselle de Maupin” (1835). Alguns de seus melhores poemas foram criados após sua visita à Espanha em 1840, viagem da qual saíram as obras Reunidos em España (1845) e Voyage en Espagne (1845), todas bem recebidas pela crítica. Além da produção de poesia e novelas, atuou como jornalista editando duas revistas francesas influentes no meio artístico: La Revue de Paris e L’Artiste Émaux et camées (1852).
Théophile Gautier também flertou com o fantástico, nesta mesma época, seu amigo Charles Baudelaire traduzia diversas obras de Edgar Allan Poe, o mestre da literatura fantástica, para o francês. Deste período, notam-se as obras La Mort Amoureuse (1836) e La Comédie de la Mort (1838). Após quarenta anos de produção e forte influência na cena artística francesa, Gautier morreu no subúrbio de Neuilly-sur-Seine, sendo enterrado cemitério de Montmartre, Paris.

Nenhum comentário:

Postar um comentário