Antes de compreender o que é a Teoria do Caos, é necessário que sejam discutidos dois termos: determinístico e estocástico.
Determinístico está ligado à Determinismo. Segundo Gomes (2011):
“Em epistemologia designa a teoria segundo a qual tudo está determinado, isto é, submetido a condições necessárias e suficientes, elas próprias também determinadas. Uma relação é determinada quando existe uma ligação necessária entre uma causa e o seu efeito; neste sentido, o determinismo é uma generalização do princípio da causalidade, que liga cada acontecimento a um outro (é esta causalidade que o cientista pretende conhecer estabelecendo leis).”
Esta Teoria serviu de edificação para as mais variadas imersões do
homem no processo de construção de seu conhecimento durante muitos
séculos (mais precisamente, até meados do século XX). Física,
Matemática, Geografia, etc. Todas carregavam em suas teorias o cerne do
determinismo. Em suma, o “o comportamento determinístico é governado por uma lei exata e não passível de infração” (STEWART, 1991).
O Termo Estocástico significa aleatório. É o oposto do comportamento
determinístico. Sem leis e irregular, governado pelas condições do
acaso.
Diante destes dois termos, a Teoria do Caos pode ser entendida como “comportamento sem lei inteiramente governado pela lei” (STEWART, 1991).
Fundamentado em várias teorias anteriores ao século XX sobre o
assunto, Edward Lorenz, um meteorologista do MIT, no início dos anos
1960, usando um computador primitivo e um conjunto simples de equações
que visavam modelagem atmosférica, esboçou os contornos de um dos
primeiros reconhecidos atratores caóticos.
Para estender a sua simulação para um futuro mais distante, Lorenz
fez pequenos ajustes no cálculo, iniciando-o do meio do caminho com
algumas casas decimais a menos. No entanto, o resultado foi
completamente diferente do primeiro. O clima passou a se comportar de
maneira distinta. Esta foi uma das primeiras demonstrações claras de
dependência sensível das condições iniciais. Lorenz mostrou igualmente
importante que isso ocorreu em um simples, mas um modelo fisicamente
relevante. Esta conclusão o leva à um artigo de 1963 onde Lorenz explica
que uma borboleta batendo suas asas em Pequim pode afetar o clima
milhares de quilômetros de distância de alguns dias mais tarde. Esta
sensibilidade é agora chamado o “efeito borboleta“.
Desde condições meteorológicas até o desenvolvimento da bolsa de
valores ou análise de apólices de seguros, a Teoria do Caos tem
aplicação direta e, à medida que as décadas passam, novas aplicações
surgem para esta elegante teoria.
Para conhecer mais alguns detalhes acerca da Teoria do Caos leia:
Nenhum comentário:
Postar um comentário