Tratado de Versalhes foi um tratado de paz que determinou os termos de paz na Europa pondo fim oficialmente à Primeira Guerra Mundial.
A data de sua assinatura é 28 de junho de 1919 e teve lugar na cidade
de Versalhes, antiga residência do monarca da França. Além do acerto da
paz entre os beligerantes, este documento abordava também a criação da Liga das Nações, organização destinada a promover a paz e a prevenir conflitos entre seus membros.
O
tratado foi negociado durante cerca de seis meses de deliberações,
contados a partir do armistício de novembro de 1918, que pôs fim aos
combates propriamente ditos. O ponto principal do tratado estipulava que
a Alemanha seria apontada como a responsável pelo início da guerra, e
assim sendo, deveria cumprir uma série de reparações destinadas aos
integrantes da Tríplice Entente, o nome da coalização adversária de
Alemanha e seus aliados. Entre tais reparações estava a obrigação de
ceder partes de seu território aos países fronteiriços, perda de seu
império colonial na África, Ásia e no Pacífico, a ser dividido entre os
vencedores do conflito, além de diminuição do exército, cessão de
exploração de recursos econômicos de regiões estratégicas do país, além
de uma soma absurda de indenizações a ser paga.
A assinatura de um tratado tão severo causou choque e imensa
desilusão na Alemanha. A população em geral descrevia como humilhação e
desonra a aceitação por parte de seu próprio governo de tão severas e
opressivas condições, sem ao menos um maior esforço em conduzir
negociações de paz mais detalhadas ou planejadas. Claro, que ante tal
clima de revolta, não faltaram os protestos e turbulências de ordem
político-social ameaçando a própria estrutura do país.
É consenso entre a maioria dos historiadores que, nas exigências
exacerbadas do Tratado de Versalhes podemos encontrar as sementes da Segunda Guerra Mundial,
pois, uma nação humilhada e aparentemente sem rumo como a Alemanha foi
claramente presa fácil de uma doutrina heterodoxa, autoritária e
delirante como a do Nazi-facismo.
Além disso, é creditado ao Tratado de Versalhes uma série de
desarranjos e focos de crise, como por exemplo, o conflito entre
israelenses e árabes, que não aceitam as decisões do tratado com
respeito ao delineamento de suas respectivas fronteiras, resultado da
divisão das áreas do então extinto Império Otomano.
A questão dos curdos também deve muito a Versalhes, pois foi-lhes
prometido direito à autodeterminação, a qual este povo ainda aguarda.
Até países distantes do conflito como Ruanda e Burundi devem sua
existência ao Tratado de Versalhes, pois foram desmembrados da antiga
colônia alemã da África Oriental e entregues à administração belga.
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