Em 2011, um grupo de cientistas representantes de diversas instituições e
nacionalidades encontraram, por meio de análise de imagens obtidas por
telescópio, a presença de vapor d’água na atmosfera de um exoplaneta
situado há cerca de 60 anos-luz da Terra. O termo exoplaneta refere-se a um planeta que está fora ao sistema solar.
Desde que as pesquisas a respeito de exoplanetas foram iniciadas, os
cientistas já suspeitavam da existência de água nesses planetas. O
estudo foi chefiado por Giovanna Tinetti, integrante da Agência
Espacial Européia , e publicado na revista Nature. A pesquisa também
teve a participação de estudiosos da Universidade de Harvard, EUA, e de
países França, Taiwan e Reino Unido.
Por meio desse estudo, foi a primeira vez que se detectou vapor de
água num exoplaneta em grande quantidade. As imagens foram recolhidas
pelo telescópio espacial infravermelho Spitzer.
Além de vestígios de águas, há moléculas de água dominante na
atmosfera. Esse exoplaneta é conhecido como HD 189733b, é um corpo que
possui uma inclinação em sua órbita e brilha pouco perante sua estrela
por transitar em frente à mesma.
Nesse estudo, os cientistas utilizaram uma técnica particular,
realizaram suas observações quando o planeta transitava diante da
estrela e não por meio de a ocultação do planeta por parte da estrela
para estudar a emissão na região infra-vermelha do espectro. A diferença
de tamanho que o planeta expõe ao telescópio corresponde a um grau de
maior ou menor absorção por parte da molécula de água.
Tradicionalmente, a possibilidade de existência de vida inteligente e
biológica fora do planeta Terra sempre esteve atrelada à existência de
água em outros planetas, tendo como similaridade a existência de vida
idêntica à humana. Em nosso sistema solar, apesar de Marte
apresentar determinada quantidade de água congelada e em forma de
vapor, não há a presença de vida, portanto, a existência de água num
determinado planeta pode não significar a existência de vida.
Em Marte, a presença de água sólida e gasosa numa superfície 150
vezes menor do que na Terra, sugere que já houve vida biológica no
planeta num passado remoto. O meteorito ALH84001 que veio de Marte,
apresenta restos de minerais que os cientistas ainda não conseguiram
identificar se seriam restos de nanobactérias, compostos orgânicos
simples ou elementos da própria Terra que contaminaram o material
encontrado.
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