Esta profissão é ideal para quem é criativo e disciplinado, se relaciona bem com as pessoas, gosta de pesquisar e é interessado em cultura e história. É o arquiteto quem torna os ambientes em que vivemos “habitáveis”. Ele elabora planos e modelos,
desenha detalhes, dirige, fiscaliza e controla a construção e
reestruturação de espaços físicos, “levando em conta as necessidades das
pessoas e suas relações com o meio ambiente” (Daher, 2007:16), além de
tratar de questões referentes à estética.
O arquiteto:
- elabora projetos relativos a construções e ao planejamento urbano em geral, levanto em conta o aspecto estético e as necessidades humanas de conforto, higiene e espaço.
- analisa o terreno e a situação climática, a função e a finalidade
da obra, o seu tamanho, estilo, material necessário e os custos.
- estuda a planta e a fachada definitiva, desenha em detalhes a
estrutura, os cortes longitudinais e transversais, levanta a perspectiva
do conjunto, ordenando em seguida as especificações que darão o volume
da obra e o tipo de resistência do material.
- distribui, em acordo com os especialistas, a rede de encanamento de
água e esgoto, a instalação elétrica, a ventilação, o aquecimento, os
elevadores, as pinturas e decorações.
- dedica-se ao planejamento, ao desenho e à supervisão estética de
interiores de residências, escritórios e organizações funcionais.
- faz a reconstituição histórica de prédios tombados pelo Patrimônio Histórico, dedica-se à organização de interiores de museus.
- pesquisa e especifica os materiais a serem utilizados na execução e
realiza vistorias periódicas das obras, a fim de assegurar o
cumprimento fiel do projeto.
- atua como paisagista, no planejamento e projeção de áreas não
construídas, como parques, jardins, praças, pátios, clubes e áreas
livres em geral que devem ser equipadas de material social e recreativo.
- desempenha outras atividades relacionadas com a Arte, como projetos
de móveis, ilustração, construção de maquetes e avaliação de obras de
arte.
Para ter sucesso na carreira, Daher diz que boa parte dos arquitetos
especializa-se como maquetista, cenógrafo, designer de interiores,
desenhista de produto, dentre outros; afirma que é importante ter
especialização se o graduado atua na área de patrimônio, restauração e
planejamento urbano; diz que há também uma grande procura por
especializações como “conforto ambiental, iluminação, cálculo estrutural
e teoria arquitetônica”.
Hoje não se exige tanto que o arquiteto saiba desenhar bem por conta
do programa AutoCAD, que elabora projetos. Entretanto, é interessante
que este profissional tenha certa habilidade em desenhar, que dá uma boa
impressão na hora de esboçar uma planta para um cliente.
“O arquiteto pode trabalhar de seis a nove horas por dia”, afirma
Daher em seu livro Guia Megazine de Profissões, “mas quando tem um
projeto para entregar, trabalha quantas horas forem necessárias para
cumprir seu prazo”, conclui.
Para quem trabalha na área, como Ivan Rezende, arquiteto e designer
de produto, numa entrevista à Daher, o que dá mais satisfação no
trabalho é o reconhecimento pela conclusão de um bom projeto e “poder
usar o conhecimento em favor de uma instituição de apoio a pessoas
carentes”, afirma ele. Já o que ele considera o maior obstáculo da
profissão é o “tempo”, que acaba impossibilitando o arquiteto de dar o
“seu melhor” em função do curto espaço de tempo para a elaboração dos
projetos.
O curso dura cerca de cinco anos. Segundo Daher, “há faculdades que
exigem teste de habilidade específica no vestibular”. A grade é composta
de cadeiras como desenho de observação e de arquitetura, geometria
descritiva, estética, meio ambiente, dentre outras. É preciso uma boa
afinidade com a matemática, já que cálculo e economia exigem esse
conhecimento.
MERCADO DE TRABALHO
O principal meio de seguir a carreira ainda é o trabalho em
escritórios, “onde eles desenvolvem os projetos, acompanham obras e
lidam com os clientes”. Tendo experiência, muitos arquitetos abrem seus
próprios escritórios. Daher afirma que muitas construtoras costumam
contratar arquitetos e às vezes até terceirizar o trabalho.
O estágio não é obrigatório em algumas faculdades, mas mesmo assim
ele é essencial para o futuro da profissão, salienta Daher. “Uma porta
de entrada para o mercado são as concorrências públicas para a
apresentação projetos”, diz.
O mercado para esta área encontra-se aquecido, principalmente no ramo
da construção nas cidades grandes. Nas cidades do interior, a profissão
também ganhou destaque porque passou a ser valorizada entre a classe
média e os profissionais liberais, de acordo com Daher.
Um arquiteto iniciante ganha em torno de R$2 mil. Um mais experiente
pode ganhar até o dobro. Quem movimenta seu próprio negócio, chega a
ganhar de R$ 10 mil a R$ 20 mil reais.
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