De acordo com o Dicionário Houaiss de Física:
Corrente de Foucault. ELETR. Corrente elétrica induzida no interior de um condutor por meio de um campo magnético variável, ou ainda, por radiação eletromagnética, e que pode formar pequenos vórtices.
Para entender o que são as Correntes de Foucault, é necessário lembrar-se de dois fatos muito importantes na História
do Eletromagnetismo. Os dois fatos ocorrem no século XIX. No primeiro, o
professor dinamarquês Hans Christian Oersted conseguiu comprovar, a
partir dos seus experimentos, que quando uma corrente elétrica passava
ao longo de um fio aparecia um campo magnético. Quase que imediatamente, o físico francês Andrè Marie Ampère, esclareceu o efeito de uma corrente sobre um imã, assim como o efeito oposto.
A partir destas descobertas, por volta de 1855 Jean Bernard Leon Foucault observou que quando um disco de cobre
era colocado entre os pólos de um magneto era preciso mais força para
fazê-lo girar do que quando não havia o magneto, fato que ocorre devido
ao surgimento de correntes parasitas no interior do metal produzidas
pela variação do fluxo. Estas correntes receberam o nome de correntes de
Foucault.
Para reproduzir algo semelhante ao que foi produzido e
observado por Foucault , faça o seguinte experimento: Faça com que uma
moeda e um ímã desçam um plano inclinado de alumínio. É um fato conhecido
que o ímã não atrai o alumínio, pois o alumínio não é um material
ferromagnético. Apesar deste fato, você poderá perceber que o ímã desce o
plano inclinado mais lentamente que a moeda. O motivo pode ser
explicado pela corrente de Foucault.
Uma aplicação prática para as Correntes de Foucault é no freio para teste de motores de automóveis.
Este tipo de freio é constituído por dois discos girando na frente de
dois potentes eletroímãs. Estes últimos são solidários à uma estrutura
móvel cujo deslocamento é controlado por um dispositivo de mola. O motor
aciona os dois discos, excita os eletroímãs obtendo-se um fluxo
magnético fixo, que cria nos discos em rotação as correntes de
Foulcault.
De
forma geral, podemos entender que a superfície metálica acima pode ser
constituída por um acoplamento de muitas espiras. Se um fluxo magnético
variar ao longo desta placa, irá induzir correntes elétricas neste
“conjunto de espiras”. Consequentemente, a partir do efeito Joule, pode
haver dissipação de energia a partir do Efeito Joule. Estas dissipações são, em geral, problemáticas. Mas em outros casos são necessárias como, por exemplo, nos fornos de indução.
Basicamente, o forno de indução é constituído por uma bobina
percorrida por uma corrente alternada, envolvendo um recipiente dentro
do qual serão colocadas peças metálicas a serem fundidas.
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